terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Falta de senso crítico do povo brasileiro

Situações que demonstram a falta de bom senso

Por Cartola Cabelo


As pessoas têm, em geral, muita dificuldade em lidar com a crítica construtiva, ou seja provida de bom senso. Tais atos prejudicam, principalmente, ações políticas como o voto. Essa dificuldade apareceu na mídia, há pouco, no caso da falta de energia da semana retrasada, quando Dilma Roussef, ministra da Casa Civil, afirmou que o “apagão” do governo Lula foi menor do que o “apagão” de FHC, em 2000. Afinal, o que importa ao povo se foi maior ou menor? O fato é que, 18 Estados brasileiros e cerca de mais de 80 milhões de pessoas ficaram sem luz. Não temos como mudar a realidade. Essa comparação com o governo anterior, em alguns casos, até pode ser feita, mas o que as pessoas se esquecem é que, não existe justificativa de um erro apenas porque outro já errou da mesma forma ou pior. Nesse caso os dois erraram. A diferença é que , talvez, o erro de um, possa ser considerado menor que o do outro,em um determinado escopo, mas isso não isenta nenhum deles da culpa que ambos têm- imagem de Toni d´agostin.

Um governo sabe da “bucha” que estará à frente durante seu mandato - Lula sabia - e é vergonhoso perceber que, passaram-se nove anos e a nossa estrutura energética ainda continua vulnerável às intempéries atmosféricas e suscetível aos “apagões”, passando-nos a impressão de que, pouca atenção, foi dada para o caso. Essa fundamentação de suas qualidades expostas pelo desdém do próximo ou de seu oponente – concorrente – aparece constantemente na política. Grande parte dos candidatos, até mesmo dos eleitores, não conseguem demonstrar os bons projetos de seu governo, sem que falem da parte ruim de outro governo; Dessa forma, a votação é feita, novamente, por meio da "política do menos pior”. “Ele rouba, mas ele faz”.

Além de tentarem encontrar nos outros, justificativas dos erros deles, também existe, no Brasil, a questão do mito. O mito é criado por alguns candidatos como, por exemplo, no filme “Lula o filho do Brasil” - que é mais um filme que fala sobre o fim do mundo além do filme “2012”- que irá provocar uma confusão na cabeça do povo, querendo mostrar que a figura carismática do presidente, mostrada de maneira heróica, irá influenciar no desempenho dele em suas políticas públicas. A mistificação de uma pessoa e a mudança da realidade é efetuada por muitos esquerdistas, com excesso de frustração e romantismo, esquecendo-se de que o comunismo nunca existiu e nunca existirá. Mas não quero desmerecer à esquerda até porque eles argumentam muito bem na maioria dos casos. O problema é que eles esquecem de um ponto nada importante, chamado de realidade, querendo até mesmo mudar a história em alguns casos.


A Construção do Mito Político

Lula quer trazer os “Mensaleiros” à ativa na política novamente, afirmando que tudo que foi dito e foi feito contra esses contraventores, foi pura calúnia. Coitados não é? Eles não são uns anjos? Um belo exemplo de aproveitamento da falta de memória política do cidadão para mudar a história. Evidências de caixa dois em campanha, indícios de participação de corrupção passiva e ativa, peculato, dólar na cueca, dossiê ilegal, viagens do presidente e gastos excessivos com o cartão corporativo – os três últimos casos também contaram com a tentativa de justificar seu erro por meio do erro do outro, afirmando governo anterior também fez isso. E a popularidade do presidente continua alta, ele não sabia de nada não é mesmo? Coitado!

As pessoas associam a figura de alguém que foi pobre à de uma pessoa que gosta dos pobres, em primeiro lugar, Lula não é mais pobre, em segundo, não é porque a pessoa veio de uma família com baixo poder aquisitivo, que ela vai se importar menos ou mais com o pauperismo e com pessoas que infelizmente dispõe dessa condição. Querer ajudar alguém está muito distante disso, depende de vários fatores e principalmente do caráter de quem pode prestar ajuda. Isso mostra que a falta de senso crítico se intensifica quando, está intrínseca, a construção de um mito.

Falta de Bom Senso Fora da Política

Tais problemas não acontecem somente na política, como, por exemplo, o caso da menina do vestido, que ocorreu, há pouco, em uma faculdade. Nele aparece outra demonstração de falta de bom senso, pois, muitas pessoas, hoje, pedem autógrafos para ela nos shoppings. Cartolas, qual foi ação interessante e construtiva da qual essa menina participou, para que as pessoas e a mídia dessem tanto crédito a ela?

Realmente, ela estava errada nos trajes nos quais se apresentou na faculdade, e a forma que ela foi tratada pelos alunos e pela faculdade não foi correta e não justificaram o erro dela, mas novamente afirmo, todos os lados estão errados e tem sua parcela de culpa no caso. Ela queria aparecer e conseguiu, mas porque, muitas pessoas, deram crédito para isso. A garota da Uniban é mais uma dessas, em que tem sua inteligência e conteúdo cultural concentrados nos glúteos – se é que um ser desse pensa – ela declarou em um programa de TV, há pouco, que, acredita que, a Terra é o maior planeta do sistema solar. Normalmente, quem está traumatizado não aparece dessa forma na televisão com essa postura. Outro caso, em que, a falta senso crítico aparece fora da política, é o usuário de drogas, que não tem noção, que, ao comprar drogas, ele não está, apenas, fazendo um mau a si próprio, mas sim, está gerando algo muito pior, contribuindo diretamente para o tráfico e indiretamente para o comércio ilegal de armas e, por conseguinte, às mortes de muitas pessoas.


Falta de Bom Senso Dentro da Política

Mas voltando a questão política, a falta de senso crítico apareceu estampada naqueles que eram partidários de Clodovil, apenas por ele ser homossexual, ou por àqueles que deixaram de votar em Kassab, porque, Marta Suplicy expôs, em sua campanha, indícios de que o prefeito seria homossexual. É engraçado que essas pessoas se esquecem que, a sexualidade de alguém só deve ser levada em consideração, nos casos em que a pessoa tem interesse em ter relações amorosas com os candidatos citados, mas não com a política, a sexualidade não influencia em nada na conduta política.

Eu entendo que muitas pessoas enxergam a política como algo promíscuo, mas são justamente esses que dizem que tudo está podre,que, geralmente, são os mesmos a passarem no sinal vermelho com seus carros, são eles que pagam para um guarda "se esquecer" de uma multa, ou são aqueles que cobiçam da namorada do amigo. Eles não percebem que são corruptos da mesma maneira,assim como muitos que estão no poder. A diferença é intensidade do erro, mas- novamente eu digo- todos estão errados e ambos têm sua parcela de culpa. Inclusive muitos eleitores confundem a fama do candidato com capacidade de liderança política. Isso acontece em casos como o de Agnaldo Timóteo - que por sinal só faz projeto inútil, como quando ele quis mudar o nome do Parque-Ibirapuera para Michael Jackson. Cartolas, esse rapaz precisa ser internado, porque retardado precisa de tratamento médico , não de espaço na política - ou àqueles que votam em Ademir da Guia, Falcão, Zé do Caixão, Mulher Melão dentre outros ,só por causa da fama deles.

No Brasil, a falta de senso crítico faz com que as pessoas não votem em algum candidato por capacidade e por conhecimento da carreira política do mesmo, haja visto, que temos um presidente que além de não ter estudado- não que isso influencie na conduta política - nem se quer teve carreira política - isso influencia. Seu filho virou mega empresário após a entrada do papai Lula no poder, do nada, a Gamecorp comprou, sabe-se lá como, ações da Telemar. Fora que, sua querida filha estudou na Suíça - como se aposentadoria de sindicalista por invalidês pudesse pagar tudo isso, queria eu ser sindicalista. Sem se esquecer, é claro, do grande amigo de Lula que emprestou a ele um casarão por 29 anos ,para moradia, sem cobrá-lo de nenhum valor. Isso é bem comum em nossa sociedade, não é? Queria eu ter amigos assim. Mesmo dessa forma, com tudo isso sendo exposto, afirmo novamente, a popularidade do presidente continua altíssima.

Bom Cartolas, aqui fica a dica. Não é a questão de ser partidário de um ou de outro. Usei Lula, Dilma, Agnaldo Timóteo, Marta, a garota do vestido, dependentes químicos etc, apenas como exemplos e indícios, que demonstram o quão os brasileiros têm dificuldade em lidar com o senso crítico e, também, com o bom senso. Portanto, se você acredita que algo está errado, pergunte-se qual o motivo, e se você acredita que algo está certo questione-se em dobro, pois para ser partidário de alguma idéia, ela tem de ser muito boa. É impossível acertar sempre, mas quando se repensa várias vezes, com certeza, a probabilidade de acertos é muito maior. Não aguarde os outros. Faça por si só!

Fotos: Google

2 comentários:

  1. Oiee Wá! Então, engraçado, ao ler o seu post, percebi que a sociedade brasileira encara a política e o cotidiano como se eles fossem o "Big Brother": escolha o seu candidato de acordo com as origens dele,levando-se pelo emocional, apoie ou não um candidato pela sua opção sexual, e tire uma foto com a menina do vestido para tirar onda com seus amigos,como se ela fosse alguém que realmente merecesse tal prestígio.Isso mostra como a superficialidade, proveniente da falta de cultura e educação, não afeta só quem vai vencer o BBB,mas sim as direções para onde vai o país. A diferença é que a segunda é realmente importante,e é responsabilidade nossa, mas parece que ninguém quer ver... very sad =(

    Bom,aproveitando a passadinha, queria parabenizá-los pelo blog,o conteúdo é muito interessante e bem trabalhado!

    Beijinhos, Bru

    ps: te amo..hi hi hi :P

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  2. Meu irmão e meus amigos. Desculpem pela demora em deixar um recado aqui, mas, como vocês bem sabem, a vida está um pouco "corrida", rs.

    Eu ainda não tenho uma base forte para comentar sobre política, mas um dos casos citados no post desperta a minha atenção [lê-se indignação]: a garota da Uniban. Todos os dias eu vejo garotas com roupas tão curtas [ou mais] quanto as dela na faculdade. A mídia sempre se aproveitou de coisas desse nível para mudar o foco de atenção do público. Não digo que ela está certa em vestir-se assim, pelo contrário, mas acho que estão dando atenção demais para algo que não é da conta de ninguém além dela. E claro, ela aproveita a oportunidade para ter os 15 minutos de fama.

    Espero mesmo que a gente consiga mudar isso. Não me sentiria bem ganhando o meu salário em cima de sensacionalismo inútil.

    Bom, PARABÉNS pelo blog e pela dedicação, pois não é nada fácil manter um blog de boa qualidade com a nossa rotina tão amada.

    Um beijinho

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